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quinta-feira, 22 de julho de 2010

A NOVA AULA DE PORTUGUÊS: O COMPUTADOR NA SALA DE AULA [continuação]

Falsos problemas

Nessa seção vamos tratar de algumas questões freqüentemente levantadas por professores. Essas questões não chegam a ser verdadeiros problemas por serem facilmente contornáveis.

Uma dessas questões é: E se o meu aluno encontrar uma informação que eu não conheço? Que bom! O professor não precisa se preocupar em saber tudo que o aluno pode encontrar usando o computador. Como saber tudo o que há na Internet ou em um CD Rom? Impossível.

Agora tudo é de verdade. O aluno não vai mais falar para os colegas nem para o professor coisas que os seus interlocutores já sabem. Os alunos vão pesquisar sobre assuntos do seu interesse e o professor vai aprender muito com isso. Nessa aula todo mundo vai aprender. O aluno também não vai precisar escrever sempre para leitores fictícios. Pelo contrário, o computador abre portas para comunicações verdadeiras, com os próprios colegas, com colegas de outras turmas, de outros colégios, de outros estados e até de países diferentes. Isso vai tornar a aula ainda mais interessante.

Ao professor cabe o papel de preparar bem as aulas oferecendo desafios e questões interessantes para os alunos, explorando da melhor maneira possível os recursos que o computador lhe oferece. Cabe a ele também estimular a reflexão crítica e competência dos alunos em relação aos elementos lingüísticos envolvidos nas leituras e produções de texto dos alunos.

Outra questão reflete o medo que se tem de danificar o equipamento e é a seguinte: E se os alunos estragarem o computador? Não é tão fácil assim estragar um computador. Mas o professor não deve deixar seus alunos à toa na frente de um, porque eles podem fazer algumas bobagens como procurar sites pornográficos na Internet, apagar programas, atrapalhar a configuração do computador, entre outras. As atividades precisam oferecer desafios aos alunos e os envolver tão profundamente que eles não tenham tempo nem de pensar em fazer bobagens. Estabelecer limites de tempo para a realização das tarefas assim como instaurar a competição entre os grupos pode trazer bons resultados nesse sentido.

Um trabalho de conscientização dos alunos também nunca é demais. É preciso lembrar sempre dos cuidados que se deve ter com essa aparelhagem e dos benefícios que esse equipamento traz para as aulas, tornando-as mais interessantes, atraentes, divertidas, etc. Envolver os próprios alunos na criação de uma campanha de conscientização em relação à necessidade de conservar os computadores pode trazer frutos positivos em relação ao cuidado dos alunos com essas máquinas.

A falta de um computador para cada um dos alunos da turma é também uma questão freqüentemente levantada e que merece ser discutida. Para usar o computador como instrumento de aprendizagem não é necessário que haja uma máquina para cada aluno, pelo contrário, o trabalho em pequenos grupos de 4 ou 5 alunos pode ser muito mais proveitoso, só depende da tarefa que o professor vai dar aos alunos. Talvez seja interessante alertar para o fato de que mais vale uma sala com 10 computadores do que 10 salas com um computador em cada uma. Se só há um computador em cada sala de aula, somente o professor vai usá-lo e certamente esse equipamento ficará subutilizado, sendo apenas um quadro-negro mais sofisticado. Mas se há computadores suficientes para que os alunos trabalhem em pequenos grupos e se o professor preparar tarefas que exijam que os grupos trabalhem como verdadeiras equipes, então o computador vai revolucionar a aula de português.

Uma atitude que pode evitar alguns problemas, quando da divisão dos grupos para trabalhar nos computadores, é o professor não deixar que um grupo se forme somente com os experts em computador, nem um grupo só com alunos que têm pouco domínio do equipamento. Caso isso aconteça vai haver um descompasso em relação ao tempo que os grupos vão gastar para realizar suas tarefas. O grupo de experts muito provavelmente vai terminar a atividade mais rapidamente, enquanto o grupo de inexperientes pode ficar entediado por não dominar bem a máquina e demorar demais para realizar a tarefa. Este é um problemas que pode acontecer quando os computadores ainda forem novidade para os alunos. Essa diferença entre experts e iniciantes tende a desaparecer depois de algum tempo de uso dos computadores. De qualquer forma é sempre bom o professor ter em mente tarefas extras para aqueles que concluírem a tarefa mais rapidamente.

E os textos mal escritos e com informações equivocadas que às vezes encontramos na Internet? Isso também não é problema. O professor que está consciente desse fato, alerta seus alunos para ele e, inclusive, usa os textos com problemas em discussões com os alunos a respeito do uso de mecanismos lingüísticos, da estruturação e organização dos textos, para fazer críticas à estrutura argumentativa, entre muitas outras reflexões que um texto mal escrito pode suscitar. E por que não fazer um trabalho interessante de reescrita desses textos? Cada grupo de alunos pode escolher um texto para apontar os problemas e propor soluções para os problemas encontrados. É justamente a riqueza na variedade de textos que se pode encontrar na Internet que a torna tão fascinante e tão útil ao professor de português.

Muitos professores argumentam que a informática não é realidade dos alunos. Esta é uma forte razão para se usar a informática na escola. Se em casa o aluno não vai ter acesso a esse equipamento, e conseqüentemente ao aprendizado que ele possibilita, é dever da escola viabilizar o acesso do aluno ao computador. O mundo profissional tem cobrado dos trabalhadores de todas as áreas conhecimento de informática, portanto, não dar esse conhecimento ao aluno é deixá-lo desde já fora do mercado de trabalho.

Além desses, muitos outros pseudo problemas podem ser discutidos mas haverá sempre uma boa maneira de resolvê-lo e uma boa razão para usar o computador na aula de português.

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